O PARADOXO DA NOSSA ERA
Acredito que um dos grandes temas da atualidade sejam os paradoxos. Passei boa parte do ano de 2014 meditando sobre isso, e ainda não tomei coragem de escrever sobre o assunto, mas encontrei um texto que demonstra bem um dos aspectos dos paradoxos e como estes permeiam a nossa vida diária. O texto que segue é um trecho de “O paradoxo da nossa era,” do Words Aptly Spoken por Bob Moorehead, publicado no site Spirit Science.
“Temos edifícios mais altos, mas temperamentos mais curtos; autoestradas mais amplas, mas pontos de vista mais estreitos;
Podemos gastar mais, mas temos menos; podemos comprar mais, mas aproveitamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo.
Temos mais diplomas, mas menos senso; mais conhecimento, mas menos juízo; mais especialistas, ainda mais problemas.
Temos mais gadgets, mas menos satisfação; mais remédios, mas menos bem-estar; tomamos mais vitaminas, mas com menos resultados.
Bebemos demais; fumamos demais; gastamos de forma irresponsável; rimos muito pouco; dirigimos muito rápido.
Ficamos com raiva muito rapidamente.
Ficamos acordados até muito tarde; acordamos muito cansados.
Lemos pouco; assistimos TV demais… e rezamos muito raramente.
Temos multiplicado nossas posses, mas reduzido nossos valores.
Voamos em aviões mais velozes para chegar mais rápido, fazer menos e retornar mais cedo; assinamos mais contratos apenas para termos menos lucros.
Falamos demais; amamos muito raramente e mentimos com muita frequência.
Nós aprendemos como fazer a vida, mas não como ter uma vida; adicionamos anos à vida, não vida aos anos.
Fomos até a lua e voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua para conhecer o novo vizinho.
Já conquistamos o espaço exterior, mas o espaço não interno;
Fizemos coisas maiores, mas não melhores.
Nós já limpamos o ar, mas poluímos a alma; dividimos o átomo, mas não o nosso preconceito.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos; fazemos mais planos, mas realizar menos.
Fazemos aviões mais rápidos, mas linhas mais longas; aprendemos a apressar, mas não a esperar.
Temos mais armas, mas menos paz.
Rendimentos mais elevados, mas baixa moral; mais festas, mas menos diversão; mais comida, mas menos apaziguamento;
Mais conhecidos, mas menos amigos; mais esforço, mas com menos sucesso.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação.
Dirigimos carros menores que têm problemas maiores; construímos fábricas maiores que produzem menos.
Nós temos convivido muito tempo com a quantidade, mas pouco com a qualidade.
Estes são os tempos de fast food e de digestão lenta; homens altos, mas de caráter curto; íngremes em lucros, mas relacionamentos rasos.
Estes são tempos de paz mundial, mas guerra doméstica; mais lazer e menos divertimento; muitas postagens, mas correio mais lento; mais tipos de comida, mas menos nutrição.
Estes são dias de duas rendas, mas de mais divórcios; estes são tempos de casas mais extravagantes, mas de lares desfeitos.
Estes são dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, de vivermos armados, de jogarmos fora a moralidade, do sexo de uma só noite, de corpos acima do peso e pílulas que fazem de tudo, da alegria a prevenção, tranquilizar ou matar.
É um tempo quando há muito na vitrine e nada no estoque. De fato, estes são os tempos!
A mudança começa com cada pessoa sendo individualmente responsável por suas ações e comportamentos. Qual o tipo de mundo que nós estamos escolhendo* com o modo que escolhemos viver a nossa vida?”
* o autor utilizou o termo “voting for” no texto original, mas fizemos uma tradução livre que nos pareceu ser mais simples de compreender o sentido da frase.
Texto original: http://www.spiritscienceandmetaphysics.com/the-paradox-of-our-age-how-our-society-is-backwards