PRO DIA NASCER FELIZ!
Como estamos aqui para aprender, todos os anos acumulo algumas boas aquisições e aprimoro conceitos há muito trabalhados. A cada ano, “uma casca da cebola se vai” e nada como o tempo e a experiência para irmos nos aprofundando em nós mesmos e, aos poucos, começarmos a construir, passo a passo, uma vida melhor. Aqui, estão alguns dos meus aprendizados de 2014, que espero conseguir utilizar para que em 2015 eu possa dizer: “pro dia nascer feliz, esta é a vida que eu quis.” Boralá!
Atenção e Consciência. Aprimorando as escolhas, decisões e desejos.
De certa forma, no fundo, todos nós sabemos que as escolhas que fazemos moldam a nossa vida. Porém, é muito difícil enxergar esta realidade no nosso dia-a-dia. Afinal, como assim somos responsáveis se o carro quebrou ou se o gato derrubou o vaso? Mas assim é. Ou seja, tudo o que vivemos hoje está baseado nas escolhas que fizemos ontem e estamos sempre e o tempo todo tomando decisões, mesmo que não estejamos conscientes delas.
Mas como tomar mais consciência sobre as nossas escolhas e decisões? Ganhando cada vez mais consciência sobre nós mesmos. Temos que nos observar e perceber todos os padrões de comportamento, que revelam as nossas crenças e as emoções que estas nos despertam, incessantemente, porque mesmo os mais aplicados no caminho do autoconhecimento ainda caem nos jogos do ego.
Resumindo: se você não anda feliz, no fundo, tomou uma decisão de ser infeliz e nenhum desejo realizado fará com que seja, mesmo que não tenha consciência disso. Pior, sabotará tudo o que poderia te trazer felicidade.
Ação. Quando assumimos a responsabilidade.
Uma pessoa pode decidir ser boa, mas sem ser capaz de um ato generoso, como irá fechar o ciclo e alinhar o que pensa, fala e faz, para ter os resultados que almeja? Ou ainda, é mesmo possível existir bondade onde há o julgamento da mente grosseira? Da mesma forma, podemos mentalizar, desejar, atrair e também estarmos alinhados com o fluxo para que as realizações sejam facilitadas, mas sem um pouco do nosso esforço pessoal no plano material, dificilmente, as coisas sairão do mundo das ideias. É quando agimos que assumimos a responsabilidade pelos resultados, e vem aí um ano regido por Marte que nos cobrará isso.
Ser Integral. Unindo o material com o espiritual.
Seja qual for a atividade empreendida, ela não é um fim, é um meio. É o conjunto destas experiências, materiais e espirituais (observo que elas nunca são apenas uma ou outra), que chamamos de vida e ela nunca irá se estacionar no alto da montanha russa, na melhor praia do planeta ou num beco triste e escuro, porque vida é criação em constante movimento. O problema só ocorre quando paramos de criar a nossa vida, quando nos tornamos autoindulgentes ou nos sentimos vítimas e nos entregamos. Assim, paramos de viver mesmo que estejamos respirando.
Comandos. Aprendendo a utilizar a mente.
Outra coisa que realizei este ano, não mais na teoria, mas por experiência, é que a mente é um hardware cheio de muitas informações e que a gente tem que aprender a dar os comandos. Se não fazemos isso conscientemente, fazendo escolhas constantemente focadas no momento presente, ela tem um piloto automático baseado em experiências emocionais anteriores, que assume o controle da nossa vida. É o sistema límbico cuidando do que presume ser a nossa sobrevivência de uma maneira completamente emocional e nada inteligente
Percebi que muitas das pequenas decisões que tomava como, por exemplo, cuidar melhor da alimentação, eu não conseguia levar a término porque não tinha feito a escolha que daria motivo a ela: ter uma vida longa, saudável e significativa. Ou ainda mais embaixo, precisava decidir amar o meu corpo assim como sempre amei a minha mente. Sempre ouvi que teria uma vida longa e confesso que nunca fui muito atraída pela ideia. Provavelmente, isso funcionava como um autossabotador e precisava descobrir quais seriam os comandos que realmente fariam a minha “chave virar”.
Resumindo, com estes novos aprimoramentos no bolso, resolvi continuar subindo a montanha e com uma visão maior, mais uma vez tentar assumir o controle da minha vida, algo nada óbvio e que exige tempo e paciência. Também elaborei alguns decretos com objetivos mais amplos e mais primordiais, para servirem de comandos para a minha mente, que compartilho com vocês.
1. Escolha a paz e tome a decisão de ser apenas um observador e não um juiz.
Pare de julgar as ações do passado ou do presente como boas ou ruins, mas como algo que trouxeram ou não o resultado esperado. Isso ajuda a nos atermos aos fatos sem qualificarmos, pois quando qualificamos, atribuímos significados que nos trazem dor e medo que, por sua vez, viram obstáculos. Além disso, a vida é um paradoxo e não existe nada nem ninguém completamente bom ou ruim, negativo ou positivo, o que torna o julgamento uma perda de tempo. Ao fazermos isso também começamos a adquirir uma visão mais compassiva com tudo e todos.
Decreto: “ Eu escolho a paz. Decido observar a realidade assim como ela é, sem atribuir significados.”
2. Escolha ser único e tome a decisão de ser você mesmo e de gostar de quem é.
Assim, começará a identificar se os seus sonhos são realmente seus ou são de seus pais, da sociedade e da sua vontade de satisfazer as expectativas externas para ser aceito. Se descobrir que não sabe quem é ou não gosta do que vê no espelho, fique feliz! Deu o primeiro passo para começar a se amar de verdade. Lembre-se de que quem ama de verdade sempre o aceitará como é.
Decreto: “Eu escolho ser único. Decido me permitir ser eu mesmo e me amar, corpo e espírito.”
3. Escolha aceitar o fluxo e tome a decisão de começar algo novo quando a oportunidade se apresentar.
Todo mundo tem medo ou, no mínimo, preguiça de sair da zona de conforto, mas sem fazer isso a gente não se descobre por inteiro. Não precisamos sair correndo a toda velocidade, pois a vida é uma maratona. Podemos dar um passo de cada vez, mas dê este passo. Se a oportunidade se apresentar, não hesite!
Decreto: “Eu escolho sair do controle. Decido seguir o fluxo para ser criativo sempre.”
4. Escolha a harmonia e tome a decisão de manter o equilíbrio .
Ao invés de fazer uma lista de prós e contras, coisas que fizemos ou que deixamos de fazer ou das que queremos ou não mudar, podemos tentar algo novo: uma lista de coisas que estão em equilíbrio (no centro) ou em desequilíbrio na nossa vida. Temos o hábito de nos posicionarmos nos extremos, mas o que traz paz e alegria são os meios.
Decreto: “Eu escolho a harmonia e decido me manter centrado.”
5. Escolha estar presente e tome a decisão de ser cada dia mais consciente.
Colocando atenção no momento presente, teremos mais consciência de quem somos através dos nossos atos, palavras e pensamentos. Isso não quer dizer julgá-los e sim compreender os sentimentos e motivações por baixo das aparências. Aos poucos, também teremos condições de fazer escolhas e tomar decisões nos baseando mais em fatos do que em memórias emocionais.
Decreto: “Eu escolho estar presente e decido estar plenamente consciente dos meus atos, palavras e pensamentos.”
6. Escolha aceitar as bênçãos da vida e tome a decisão de ser feliz.
Tomar a decisão de ser feliz fará com que, aos poucos, venham à tona todos os padrões de autossabotagem, que fazem com que tomemos ações que nos colocam numa posição mais distante da nossa felicidade.
Decreto: “Eu escolho aceitar as bênçãos da vida. Decido ser feliz e estar em paz.”
7. Escolha a integralidade e tome a decisão de assumir o espiritual na sua vida.
Nunca seremos inteiros enquanto não aprendermos a equilibrar as vontades do ego, com a sabedoria do espírito, sem detrimento a qualquer uma das partes. O ego é como o cavalo, que tem a força e a determinação para nos levar aonde queremos, e o espírito deve ser o seu cavaleiro, pois possui a consciência amorosa e prestativa para conduzir sabiamente as nossas vontades e desejos. Um precisa do outro e com estas duas forças equilibradas poderemos construir o paraíso na terra. Acreditando ou não, a verdade é que somos seres espirituais vivendo uma experiência humana e negar isso só atrasa nossa compreensão da vida, o nosso poder de transformação e criação.
Decreto: “Eu escolho ser completo. Decido viver em equilíbrio material e espiritual.”
8. Escolha a fé e tome a decisão de ter realizar os seus sonhos.
No fundo, a maioria de nós tem pouca fé e é, por isso, que seguimos tanto os padrões e forças externas. Entender o porquê de tudo isso pode ser muito simples e também muito complicado. Como acreditar, ter certeza que Deus está dentro de nós e que temos o seu poder? E ele está, garanto! Mas não adianta compreender apenas, tem que sentir, realizar, mesmo que aos poucos.
Decreto: “Eu escolho acreditar que o poder se encontra dentro de mim. Decido realizar tudo o que quiser.”
9. Escolha o amor e a confiança e tome a decisão curar o seu coração.
Vivemos num mundo com uma série de perigos reais e imaginários, e mal sabemos distinguir uma coisa da outra. Percebi que um dos maiores medos que temos é da maldade humana, que faz com que nos fechemos em conchas onde deveríamos ser mais abertos: no nosso coração. Um coração saudável confia porque perdoa, aceita porque não vê defeito, acolhe porque sabe que somos um.
Decreto: “Eu escolho o amor ao invés do medo. Decido curar meu coração através do perdão e da confiança”.
10. Escolha o poder e tome a decisão de assumir a responsabilidade sobre a sua vida.
Há uns 20 anos, estudo este conceito e até hoje algumas fichas ainda caem. Saber que somos responsáveis por tudo que nos acontece na vida não é a mesma coisa de assumirmos a responsabilidade por ela. Isso é outra daquelas coisas nada óbvias. Creio que é neste ponto que escolhemos acabar com o “mimimi” e é preciso ter bastante coragem para isso.
Decreto: “ Eu escolho o poder. Decido assumir a responsabilidade pelo resultado dos meus atos, palavras e pensamentos.”
Que em 2015, as nossas escolhas e decisões se reflitam em ações, que tornem todos os sonhos realidade. Faço votos que todos os seres possam ser responsáveis pela sua própria felicidade, colocando energia em suas causas.